sábado, 17 de dezembro de 2011

FILOSOFIA - LIVRO "O PEQUENO PRÍNCIPE" É UM RICO MATERIAL PARA O DESPERTAR PARA A FILOSOFIA

O trabalho com a literatura infantil, na construção do pensar, pode ser uma alternativa para o despertar filosófico. Clássicos da literatura como "O pequeno príncipe", constituem-se de alguns dentre os tantos existentes. Servem de reflexão, despertando o conhecimento e o senso crítico. Estes livros indicados serão nosso objeto de análise neste trabalho, com o objetivo de despertar no educador a importância da literatura na construção do pensar e também do seu conteúdo filosófico. 




O conhecido livro "O pequeno príncipe" do autor Antoine de Saint-Exupéry foi "rotulado" como o livro das "misses" ao longo das últimas décadas. Talvez, o possível preconceito frente a esta consolidação, tenha afastado-o das estantes das casas - senão, por ocupar espaço, como vimos anteriormente - ou um dos poucos retirados nas bibliotecas que ainda o preservam. Mas, não sejamos pessimistas. Não foi por acaso que os filósofos, Heidegger e Sartre, leram tal obra. Heidegger considerou que tal obra alivia qualquer solidão e onde somos levados à compreensão dos grandes mistérios do mundo. Sartre, em concordância com Heidegger, aponta a obra como um contra o subjetivismo, aliviando a solidão e a quietude. Seguimos, então, um pouco das colocações dos dois filósofos para compreender a mensagem do livro. Poderíamos focar o príncipe como um filósofo: está sempre questionando e na busca de compreender a realidade que toma contato.



O personagem parece nunca estar só senão rodeado pela diversidade: seja uma flor, um acendedor de lampiões, um homem de negócios, ou um geógrafo, enfim, modos de vida.



 Estas particularidades determinam a sobrevivência destes elementos em cada planeta por onde o principezinho passa. Porém, o questionar do pequeno príncipe, revela o quanto estamos aprisionados naquele "mundo". 


Não podemos esquecer do despertar para a imaginação. Quando consideramos o "pequeno príncipe" como uma criança, observamos o despertar para a imaginação: "Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, "Histórias Vividas", uma imponente gravura. Representava ela uma jibóia que engolia uma fera. (...) Dizia o livro: "As jibóias engolem, sem mastigar (...)"." (1983, pp. 9,10) O desenho do príncipe seria capaz de confusão com um chapéu, caso não ilustrasse um elefante no interior da jibóia. Logo, este desenho, que seria motivo de confusão para um adulto era a imaginação de uma criança.


 Desta forma, o livro representa a dúvida pela qual toda criança passa durante o seu desenvolvimento, sempre em busca dos "porquês". A obra aplica esta temática do início ao fim e encerra como se o principezinho crescesse e o seu mundo é outro.


 Mas, entendemos que o educador deve trazer o príncipe em cada um dos seus alunos de maneira que cada um seja um filósofo na busca da compreensão, contemplação, das descobertas e do convívio com a diversidade: "Para vocês, que amam o principezinho, como para mim, todo universo muda de sentido, sei num lugar, que não sabemos onde, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não uma rosa... (...). Terá ou não terá o carneiro comido a flor? E verão como tudo fica diferente..." . (1983, p.95).



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